domingo, 27 de fevereiro de 2011

Carvalho de Justiça

Uma das nossas missões nesta terra é pregar a Palavra do Deus, o Seu amor e a Sua Misericórdia. Um texto é bem coeso quanto a este assunto:
"O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, (Isaías 61:1)
para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes (Isaías 61:2)
e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória. (Isaías 61:3)"
Verificamos que, em primeiro lugar, o profeta Isaías nos diz que o Espírito Santo do Senhor está sobre ele porque Deus o ungiu para levar boas novas ao pobres. A unção é enviada da parte de Deus, ou seja, é o próprio Espírito Santo que habita em nós (I João 2:20). Todo aquele nascido em Cristo é nova criatura ungida do Senhor (I Coríntios 6:11), bem como também é liberto da condenação dos seus pecados (Romanos 8:1).
A unção de Deus serve para nos preparar para o serviço de Cristo na terra. Jesus Cristo foi batizado e recebeu o Espírito Santo (Mateus 3:16), para só depois começar a sua missão. Percebemos esta lógica também no texto acima, onde o profeta foi ungido primeiro para depois pregar a mensagem de amor, paz e liberdade de Deus aos que precisam. E isso se vale de uma lógica válida: Não podemos pregar a libertação sem sermos livres; não podemos pregar o amor de Deus sem sentirmos o amor Dele. Precisamos primeiramente da unção de Deus para nós tornar ferramenta da obra Dele.
Viver em Cristo produz bons frutos em nossa vida: Somos libertos do mal deste século para anunciar a liberdade de Cristo; consolamos os de coração quebrantado e cuidamos daqueles que precisam de ajuda. Além disso, somos os embaixadores do amor de Cristo, onde a nossa coroa da felicidade é dividida para os que andam tristes; as nossas vestes de glória são usadas para cobrir os que vestem as de desonra. Todos aqueles que receberam a unção de Deus serão chamados Carvalhos de Justiça. O carvalho é uma árvore de grande porte, robusta e grande longevidade. Os carvalhos plantados por Deus são os seus ungidos, que não se abalam, mas permanecem firmes na sua justiça e amor.

Quem Deus te abençoe!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Fruto da Figueira

Deus não nos criou como criaturas unicamente espirituais; Ele usa do material, das coisas físicas, para transmitir a sua ideia. O pão, o vinho, o chofar são exemplos de coisas que Deus usa para falar aos nossos corações; Ele gosta da matéria, pois foi Ele que a criou.
A obra de Deus é tão perfeita que a natureza clama pela Sua lei. Podemos observar o profeta Habacuque orando ao Senhor, dizendo:
"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. (Habacuque 3:17);
todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. (Habacuque 3:18);
O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos. (Habacuque 3:19)"
O figo é uma das frutas essenciais do judaísmo, como a uva e a oliva, assim como suas respectivas árvores. Todas estas frutas representam alguma coisa de importante na Bíblia. A figueira é uma planta peculiar por vários motivos: Não se reproduz facilmente, dependendo de certos animais para este papel. Suas flores desabrocham perto do verão, quando é o momento para as frutas nascerem. A figueira é uma árvore forte, e precisa de muita água para viver. Portanto, a figueira não florescer significa que tem alguma coisa que não está certa; são os problemas que enfrentamos na vida.
O profeta não esconde o domínio de Deus sobre todas as coisas, inclusive sobre sua vida. Ele clama que ainda que tudo esteja de mal a pior, onde não se pode ver uma saída no futuro, mesmo que não haja promessa de melhora e o presente seja tão assustador quanto, mesmo com tudo isso, ele se alegraria no Senhor, bendizendo o Seu nome e declarando a salvação divina.
Da mesma forma em que glorificamos Ele nas boas coisas, devemos glorificá-lo também na tribulação (I Tessalonicenses 5:18). Não devemos nos abalar nos nossos problemas, mas buscar a força no nosso Senhor, pois apenas Ele nos fortalece para superarmos os desafios cotidianos (Filipenses 4:13). Não podemos deixar que a emoção da situação tome conta de nós, mas focarmos sempre ao alvo, que é Jesus, alegrando-se na glória dEle. Este é o fruto da figueira.

Que Deus te abençoe!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Natureza do Leão e do Cordeiro

No tópico passado eu escrevi sobre como Jesus é descrito na Bíblia como um Cordeiro e um Leão. Cada qual com a sua personalidade, cada qual com a sua natureza. O Cristo Leão é o mesmo Cristo Cordeiro, mas a cada um cabe uma diferença peculiar, como O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só, mas como três pessoas diferentes na Santíssima Trindade.
A semelhança entre a natureza de Cristo como um leão e um cordeiro é a mesma na natureza divida de Deus, Jesus e Espírito Santo: Jesus veio para nos livrar do pecado através da sua expiação; o Espírito Santo é aquele que nos consola e intercede por nós; e Deus é o todo-poderoso. Logo, a Santíssima Trindade é a manifestação de diferentes naturezas do Divino.
A lógica da natureza de Jesus Leão e Jesus Cordeiro é a mesma. Jesus Cristo Cordeiro é o mesmo Jesus Cristo Leão, ambos são manifestações distintas de Cristo para diferentes naturezas dEle. Encontramos o Cordeiro quando nos arrependemos das nossas transgressões, o seu sacrifício nos redimiu e nos lavou de nossos pecados. O Cordeiro é Jesus Cristo que morreu no nosso lugar para nos dar a salvação eterna e limpar nossa alma das iniquidades.
Já a natureza leônica de Jesus é um pouco mais complexa. O leão, símbolo da autoridade, da força, do poder, ou seja, é como diria Lewis, "um leão que não pode ser domesticado". O Leão Cristo venceu o mundo, e isso o torna digno da nossa adoração, e consequentemente, nossa obediência. O Leão não pode ser vendido, não pode ser comprado e não pode ser negociado. O Leão tem o poder, e isso significa que não há saída: quando ele ruge e usa suas patas, não há retorno. Deus é amor sim, mas ele também é justiça, e as vezes pecamos e deixamos o Senhor entristecido com isso. Pedimos perdão e esperamos apenas ver o Jesus Cordeiro; o Cordeiro nos perdoa, mas temos de aceitar ver também a face do Leão, pois as nossas atitudes geram consequências que devemos suportar. As suas garras e o seu rugido são apenas para a nossa correção, e não para causar dor ou sofrimento.

"Todos gostamos de mostrar as cicatrizes ganhas na batalha; mas nem tanto as feridas causadas pelo chicote."
C.S. Lewis 


Que Deus te abençoe!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Leão e o Cordeiro

Digo que uma das características mais marcantes para mim no Cristianismo é a sua representação de Jesus Cristo como dois animais distintos e opostos: O Leão e o Cordeiro. Ambos os animais são descritos separadamente em diversos trechos da Bíblia, mas para este texto, foco-me neste trecho em especial:
E disse-me um dentre os anciãos: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos. (Apocalipse 5:5)
Nisto vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro em pé, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra. (Apocalipse 5:6)
João, o apóstolo de Cristo, que havia sido exilado na prisão da ilha de Patmos por amor ao salvador Jesus, obteve a revelação dos tempos finais, e os escreveu no livro de Apocalipse, o chamado Livro da Revelação. No capítulo 5, João tem uma visão de um grande livro, selado por sete selos. Um anjo pergunta quem é digno de abrir o livro, entretanto, ninguém nos céus e ninguém na terra foi achado com tal dignidade para abrí-lo, tampouco para vê-lo. E então, João chorou muito, pois ninguém foi encontrado para abrir o livro selado.
Então, vemos a primeira representação de Jesus Cristo como o Leão. O ancião diz para João não chorar, pois o Leão da Tribo de Judá venceu para abrir e romper o livro. E, assim, o Leão rompe os sete selos, e abre o livro, e o apóstolo então vê dentro do livro, o Cordeiro, como havendo sido morto, com os sete espíritos de Deus.
Nesta passagem citada, vemos com certa clareza que Jesus é tanto o Leão quanto o Cordeiro. Entretanto, há outras pessagens na Bíblia que citam com sutileza as naturezas de leão e cordeiro para Jesus Cristo. Por exemplo, quando Jacó abençoa os seus filhos, ele declara que "Judá é um leãozinho" (Gênesis 49:9). Ora, a raíz de Jesus Cristo (Mateus 1) foi declarado pelo seu pai como um leão. Assim, a Bíblia nos diz que Jesus é da descedência de Judá, filho de Jacó, e que a profecia de Jacó foi cumprida através de Jesus Cristo, o Leão da Tribo de Judá.
Vemos no versículo seguinte a continuação da benção de Jacó à Juda: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos" (Gênesis 49:10). O cetro, símbolo do poder de um rei, demonstra a linhagem real que Jesus herdou; se lermos o primeiro capítulo do livro de Mateus, verificamos que Jesus Cristo é da linhagem do Rei Davi. Além disso, esta é mais uma profecia que Jesus nasceu para ser o Rei dos Reis. O bastão da autoridade representa a autoridade que percente à Ele, como Senhor dos Senhores ("Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam" - Salmos 72:11).
Quanto ao Cordeiro, verificamos a profecia da vinda de Jesus quando Deus instrui Moisés quanto ao rito da Páscoa: cada família deveria escolher um cordeiro sem mácula ou defeito, imolá-lo ao entardecer, e passar o sangue do sacrifício nos umbrais e verga da porta. Cada família comeria a carne do cordeiro assada em fogo, acompanhada de pães sem fermentação, pois passaria naquela noite o Anjo do Senhor, e feriria o primogênito da casa onde não houvesse a marca de sangue (Êxodo 12:1-28). A Páscoa instituida pelo Senhor era o anúncio da vinda do Cordeiro de Deus, para nos redimir dos nossos pecados. Quando Jesus celebrou a última Páscoa, Ele mesmo se tornou o Cordeiro Vivo, Santo e Imaculado da Páscoa, se apresentando como sacrifício espontâneo (Efésios 5:2), desta vez não para nos livrar da opressão do Egito e da décima praga egípcia, a Morte, mas para nos conceder a salvação eterna e nos livrar da opressão de Satanás e do pecado.

Graças a Jesus Cristo: O Cordeiro e o Leão da Tribo de Judá!

Que Deus te abençoe!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pra quê tantos livros de auto-ajuda?

Sexta-feira passada resolvi passar em uma livraria para ver algum novo título para ler. Entre as estantes dos lançamentos, dos mais vendidos, de literatura estrangeira e de literatura infanto-juvenil, estava ali uma estante que me chamou a atenção: Livros de auto-ajuda.
O apóstolo Paulo já disse que "remindo o tempo, porquanto os dias são maus" (Efésios 5:16). Ligamos nossa televisão ou lemos o nosso jornal diário e vemos tragédias, fome, desespero e guerras. Além do mais, a nossa vida pessoal também é afetada pela perversidade dos tempos atuais: as vezes, estamos desempregados, ou desmotivados, ou tristes com o que acontece na nossa vida.  E é aqui que o o segmento de livros de auto-ajuda se aplicam: em nossa fraqueza cotidiana, onde tentam nos aconselhar para uma melhora permanente das nossas vidas.
Confesso que eu já pensei, há muito tempo atrás, que se estes escritores de auto-ajuda sabiam como resolver os seus problemas (e os meus também), eu também tinha a capacidade de resolvê-los por mim mesmo. Este é o grande erro do ser humano (e que Satanás adora explorar) é achar que nós somos capazes de lidar com tudo por nós mesmos, sem a interferência de Deus. Além do mais, ventos de pensamentos ateístas dizem que acreditar em um Deus todo-poderoso seria o mesmo que querer abdicar das nossas responsabilidades para com a vida.
Eu discordo.
Davi, o grande Rei de Israel, também foi o principal salmista da Bíblia. Em seus diversos salmos, encontramos um rei de um dos maiores impérios do Oriente Médio Antigo clamando e declarando que sem o auxílio de Deus, o grande Rei islaelita não é nada. O salmista, em diversos trechos da Bíblia, diz que "a sua própria vida está nas mãos do Senhor" (Salmo 31:15), que "o Senhor é o seu pastor e nada lhe faltará" (Salmos 23:01), que "Deus é o seu refúgio e fortaleza" (Salmos 91:02), e que "na sua angústia ele clamou ao Senhor, e Ele o respondeu" (Salmos 120:01).
Portanto, observamos que a vida de Davi era completamente dependente de Deus. Quando Davi tinha problemas, ele corria para os braços do Pai, como uma criança que sabe que o pai sempre a protegerá. Mas também como um grande adorador e servo, que sabe que não há outro lugar para ele descansar, a não ser no conforto de Deus. E na nossa vida não deve ser assim?
Quando temos dificuldades, devemos entregar todo o nosso fardo ao Pai, pois somos dependentes da Sua Graça. Não é vergonha ou sinal de fraqueza isso; dizendo para Deus que precisamos do Seu auxílio, estamos afirmando que não podemos resolver nada pelas nossas mãos; que nossos problemas são inferiores ao poder dEle; e que somos dependentes dele, e assim, que Ele escolha o melhor para a nossa vida. Afirmar que ser dependente de Deus é afirmar que Deus está no controle da sua vida, e a sua vida será glorificada para o reino dEle.
Portanto, não vejo razão plausível para tantos livros de auto-ajuda. A única ajuda que precisamos é da ajuda dEle, pois "a Sua graça nos basta" (II Coríntios 12:09). Ele nos quer ser cheios da Sua graça e glória, e não com problemas. Quando você estiver passando por uma tempestade, não busque os homens, mas sim a Deus, pois Ele te ajudará nos momentos em que você precisar. Como o próprio Jesus disse, "pois todo aquele que pede, recebe" (Mateus 7:8).

Que Deus te abençoe!

Bem vindo!

Ao visitante:

Seja bem vindo ao blog País de Aslam! Este espaço nasceu de um grande desejo meu de dissertar e defender sobre a fé cristã. Aqui escreverei tópicos que são necessários para a chamada boa vida: uma vida cheia de virtudes e graça, pautados na fé e no amor à Deus. Os tempos são perversos e estamos às portas do paraíso, então torna-se preciso pregar as boas novas de Cristo.
Com muita alegria eu escrevo em favor do amor, da verdade e da salvação de Jesus para conosco. Espero que você, leitor, também se sinta feliz e abençoado por estas palavras aqui escritas.
Para os que já leram As Crônicas de Nárnia acharão várias citações desta obra neste blog, a começar pelo título do mesmo e do seu administrador. Não o faço levianamente, já que eu sou encantado com a apologia cristã que o seu autor, C.S. Lewis, empregou na sua obra. Muitos tópicos deste espaço farão uma doce alusão ao livro, aos outros títulos e à vida de Lewis, pela sua forma simples e direta de falar sobre Deus, um dos maiores pensadores cristãos do século XX.

Na paz de Jesus,