segunda-feira, 21 de março de 2011

A Oração do Grande Pastor

Senhor, Tu és o meu Pastor, meu Jeová Roí: Tu cuidas de mim com amor pastoral, pelo que nada me faltará. És Jeová Jiré, minha provisão em tudo.
Tu me fazes repousar em pastos verdejantes e não me faltará descanso. Guias-me mansamente a águas tranquilas e não me faltará alívio, pois és Jeová Shalom, minha paz. E essa paz que excede todo o entendimento, monta guarda sobre o meu coração e minha mente em Cristo Jesus.
Refrigeras, restauras minha alma, meu Jeová Rafa, o Senhor que sara, e não me faltarão cura e restauração. És o que tornas as experiências amargas em doces. Envias Tua Palavra e me saras. Perdoas minhas iniquidades e saras todas as minhas enfermidades.
Guias-me pelas veredas da justiça, Jeová Tsidkenu, Senhor, justiça minha, por amor do Teu nome, e não me faltará a graça que me justifica na Tua presença e me leva a permanecer diante de Ti, sem condenação. Jesus se tornou o meu pecado, para que eu me torne Tua justiça.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo, Jeová Shamá, meu Deus sempre presente: não me faltará coragem para atravessar o vale, nem a Tua companhia, pelo que estou seguro em Ti. Nunca me deixarás, nem me desampararás, de modo que em plena confiança digo que Tu me ajudas e não temerei - Que me fará o homem?
A tua vara - correção - e o Teu cajado - direção - me consolam. Não me faltam disciplina e revelação do caminho por onde devo andar, e me sinto consolado.
 Preparas-me uma mesa na presença dos meus inimigos, Jeová Nissi, minha Bandeira, Estandarte e Vitória, e não me faltam suprimento e proteção. Teu estandarte sobre mim é o amor. Quando o inimigo vier como torrentes de água, Tu levantas contra ele uma bandeira.
Unges minha cabeça com óleo, meu doce Espírito Santo Consolador, fonte de poder, vida e alegria. e não me faltam a unção e o poder que quebram todos os jugos inimigos; o meu cálice transborda da Tua alegria porque não me faltam o Teu enchimento, Teu controle em minha vida e Tua plenitude.
Não me faltarão companheiros. Bondade e Misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida. Não me faltarão longevidade e lugar de habitação permanente: habitarei na Tua Casa para todo o sempre. Amém.

Retirado do livro "Orando a Palavra", de Valnice Milhomens 

sexta-feira, 18 de março de 2011

O amor de Deus

"Deus é amor", assim disse o apóstolo João (1 João 4:16). Entretanto, é difícil medir tal expressão, como é difícil quantificar qualquer sentimento que exista no mundo. Dizer que Deus é amor nos dá uma ideia (errônea) que todo o amor oriundo do ser humano deva ser semelhante ao amor divino, que tais amores só mereciam ser chamados de amores se estivessem perto do amor dEle.
Por conta disso, fiz duas distinções particulares do amor: O amor-doação, típico sentimento que faz com que um indivíduo se coloque em segundo lugar para satisfazer o bem-estar daqueles a quem ele tem apreço; e o amor-necessidade, o mesmo sentimento que nos faz correr para os braços de nossos pais quando sentimos medo, por exemplo. E com esta distinção em mãos, não fica difícil perceber em qual deles o Amor Absoluto mais se aproxima: O amor-doação de Deus foi tão forte, que chegou ao ponto de entregar o seu próprio filho para a resgate de tantos outros, como eu e você (João 3:16).
Porém, o que há de menos parecido com Deus do que o amor-necessidade? Deus não precisa de nada da nossa parte. Ele existe por si só. Você não conseguiria doar algo de si que realmente Deus precisasse, pois ele é onipotente. Este amor, entretanto, é tudo, ou quase tudo que nós temos para oferecer à Ele: somos indefesos, e o nosso Pai celestial é quem cuida de nós (Mateus 6:32). Para o cristão, a saúde espiritual dele é proporcional com o amor que ele tem por Deus. E o amor-necessidade se torna claro quando buscamos o perdão de Deus para as nossas transgressões ou um auxílio em nossas tribulações."Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso (Mateus 11:28)". 
Não digo, porém, que não podemos oferecer a Deus apenas amor-necessidade: a maior parte do nosso amor por Deus é o amor-necessidade. Há aqueles que diriam que podemos dar para Deus o chamado amor-doação, mas tais almas certamente diriam que tal condição é perigosa. Podemos oferecer para Deus o amor-doação, mas tomando a cautela de não ultrapassar e imaginar que não precisamos mais do elemento "necessidade de Deus" em nossas vidas. E aqui chegamos a um ponto crucial e estranho: Em um certo sentido, quanto mais o homem se diferencia de Deus, mais ele se aproxima dEle. O que pode ser mais dessemelhante do que a plenitude e a necessidade, a soberania e a humildade, o poder e o pedido de auxílio? Este é o resultado inevitável da nossa relação com Deus.
Precisamos também distinguir duas coisas que podem ser denotadas como "estar próximo de Deus". A primeira delas é a aproximação por semelhança. Deus criou tudo que podemos ver, e imprimiu neles características de semelhanças com Ele. A fauna, a flora, o nosso planeta e o universo são reflexos da grandiosidade dele, apenas uma parcela derivativa da sua glória. Nós, humanos, possuímos talvez a maior semelhança com Ele: A racionalidade. Os anjos também tem a racionalidade, inclusive os caídos. Então, tanto homens bons e maus quanto anjos ungidos e caídos são semelhantes a Deus neste quesito, são "mais pertos" da natureza divina do que os animais, por exemplo.
Há, porém, a aproximação de Deus de forma de acesso. Tal forma aproxima o homem de Deus para a vontade dEle, a união final da visão e glória de Deus para com o homem. Esta aproximação não depende dele, mas sim de nós. Enquanto a semelhança nos é dada com ou sem gratidão, o acesso à Deus, embora iniciado e mantido pela Graça, é algo que cabe exclusivamente a nós. Não nos tornamos filhos de Deus pela semelhança com Ele, mas recebendo ao seu filho (e a Ele, consequentemente) em nossas vidas (João 1:12). A semelhança com Deus, no final, não vem por formas ou aparências, mas sim com a perfeita consonância com a vontade dEle em nossas vidas. Como o Apóstolo Paulo nos diz, devemos ser semelhantes a Cristo (1ª Coríntios 11:1): o Jesus da carpintaria, o Jesus das multidões e das estradas, o Jesus do Calvário. É a forma que encontramos de dizer "Faça a Tua vontade em minha vida, Deus".

Que Deus te abençoe!

sábado, 12 de março de 2011

O Julgamento de Deus

Imagine a seguinte cena: Estamos em audiência em algum fórum de justiça. Você, leitor, é o juiz. Este que vos escreve é o advogado de defesa de Deus. A acusação? Deus não existe. Contra meu cliente, o autor desta ação: o mundo, sendo representado por um ateu. E assim começa o julgamento.

O ateu vem com o seu primeiro argumento: "Deus está morto. Hoje, com o avanço da ciência, temos menos espaço para um deus pessoal; talvez haverá um espaço para um deus impessoal nas suas igrejas, mas ainda sim, deus não está na ciência."
Logo me coloco de pé e digo para os presentes: "Ora, Deus está morto para quem o quer assim. Consideremos  por um instante a criação do universo: Um evento ocasiona a expansão da massa e energia para todo o infinito que o cosmos se expande. Por um acidente, se forma uma galáxia, a nossa galáxia. Por um acidente, a colisão de massas aleatórias gera um planeta que espantosamente está na órbita certa para a manifestação da vida. Outro acidente ocasiona o aparecimento da vida orgânica neste planeta, e mais um acidente faz a evolução do homem chegar até o patamar que estamos. Ora, se tudo foi um produto de acidentes sucessivos, o que dirá o pensamento materialista, que é um subproduto destes acidentes. Se tais pensamentos são meros acidentes, qual a razão de os considerarmos verdadeiros?
A criação do universo, do nosso planeta e da vida não me parece um mero acidente, com ínfimas chances de acontecer na ordem que aconteceram. Foram conduzidas como um Maestro conduz a sua orquestra, o que eu chamaria de Sinfonia do Gêneses. A pessoalidade de Deus é revelada na criatividade da sua criação."

Parece que o advogado de acusação não gostou das minhas palavras. Revirou alguns papeis e logo me retrucou: "Ora, a crença em deus é como uma ilusão. O vosso deus é como um pai exortado, e vós sois como uma criança indefesa que tem necessidade de um pai que o protege. Uma mera realização de um desejo profundo e íntimo. O seu deus é semelhante ao seu próprio pai."
Sem esperar, já replico o ataque contra Deus: "O senhor parte do pressuposto que Deus e a figura paterna são semelhantes, mas não consegue distinguir de fato quem seria o original e quem seria a cópia, se é que exista cópia e original neste caso. A crença em Deus não se baseia em simples desejos infantis; uma irracionalidade bastarda. Não há nada de errado em buscar a Deus, pois ele nos criou para que este vazio fosse preenchido por Ele. Afinal, se não existe neste mundo experiência capaz de me satisfazer completamente, então eu sou parte de outro mundo, o mundo dEle.
Além do mais, desagrada a muitas pessoas um ser onisciente, que sabe de tudo que elas fazem e pensam, monitorando-as o dia todo. Parece, certamente, que a crença na não-existência de Deus - o ateísmo - é mais uma realização de um desejo do que a própria crença de Deus em si."

O advogado da outra parte começa a se irritar. Tenta persuadir com outro argumento: "Então, onde está o seu deus que eu não o vejo? Onde está este ser que não o reconhecemos? Do que custa ele se apresentar diante nós?"
Diante do exposto, solto o que foi o argumento final: "Parece que o senhor é do grupo que querem acreditar em verdades e evitar os erros. Porém, os que necessitam de evidências para tudo que possam acreditar dão mais importância ao segundo objetivo - evitar erros - do que o primeiro. Deus não se determina através de evidências físicas, mas sim pela fé. A fé é a certeza das coisas que não se veem (Hebreus 11:1). É pela fé que você se aproxima de Deus (Hebreus 11:6), e não pelas evidências. Deus é tão existente quanto o ar, o fogo e a natureza, basta que apenas se creia nEle para tal. É a fé que prova Deus em primeiro lugar, e não o contrário. E qualquer regra de raciocínio que impeça de conhecer a verdade é um raciocínio irracional. Portanto, Deus é uma hipótese viva que se manifesta através da fé."

O advogado de acusação se cala. Não há mais nada para manifestar.
E então, agora eu pergunto a você - o juiz deste breve teatro - qual a sua decisão? Você aceita Deus como um ser que existe, ou vai matá-lo de sua vida? O tempo urge, pense bem e dê o seu veredito, leitor.

Que Deus te abençoe!

domingo, 6 de março de 2011

A Armadura de Deus

É fundamental para o cristão ter a armadura de Deus. Tal armadura é descrita com muito detalhe no livro de Efésios:

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. (Efésios 6:10)
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. (Efésios 6:11)
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. (Efésios 6:12)
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. (Efésios 6:13)
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Efésios 6:14)
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; (Efésios 6:15)
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. (Efésios 6:16)
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efésios 6:17)
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efésios 6:18)
E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, (Efésios 6:19)
Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar. (Efésios 6:20)

Paulo nos alerta que necessitamos da armadura de Deus para nos proteger das adversidades deste século e da sua perversidade. As nossas tribulações não vem de pessoas ou da natureza, mas sim da parte de Satanás, que nos tenta para a perdição e o pecado.

Portanto, devemos nos vestir completamente com a Armadura de Deus, para que possamos resistir ao inimigo. Vemos que a primeira parte da armadura é o Cinturão da Verdade. Ora, o cinturão se veste na nossa cintura, o ponto de equilíbrio do nosso corpo. A verdade é fundamental para o equilíbrio da nossa vida, e a verdade só encontramos em Cristo Jesus. A Couraça da Justiça vem no nosso peito, simbolizando que a justiça de Deus protege nossa vida e nosso coração.

O Evangelho da Paz é as boas novas que Jesus Cristo anunciou e nos ordenou a pregar (Marcos16:15). São os nossos pés que caminham para a pregação da mensagem de Cristo, portanto, são eles que precisam estar preparados para caminhar em tal missão. O Escudo da Fé é a nossa proteção contra as ameaças, apostasias e ceticismo deste mundo. É pela fé que firmamos o nosso compromisso com Deus, desviando da filosofia vã deste mundo que prega a não existência do Salvador.

O Capacete da Salvação é a nossa certeza que Deus está acima de nós, nos protegendo e guiando. A salvação também nos imuniza contra toda e qualquer influência maligna que possa vir em nossas mentes. Por fim, a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, é a nossa principal arma contra nossos inimigos, pois a palavra é viva e eficaz (Hebreus 4:12), é o que nos edifica na rocha (Mateus 7:24). É pela palavra que crescemos em Cristo Jesus, e assim podemos confrontar as adversidades nos tempos maus.

Assim, devemos ter todas as partes da nossa armadura para não tropeçarmos. O simples fato de faltar uma peça do vestuário divino nos torna presas fáceis para as armadilhas do inimigo, pois a eficácia da armadura apenas existe se completa. Claro, também devemos, como bons soldados estarmos vigilantes; não podemos cessar a nossa vigília e nossa oração para não cairmos em tentação (Mateus 26:41).

Que Deus te abençoe! 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Carvalho de Justiça

Uma das nossas missões nesta terra é pregar a Palavra do Deus, o Seu amor e a Sua Misericórdia. Um texto é bem coeso quanto a este assunto:
"O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, (Isaías 61:1)
para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes (Isaías 61:2)
e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do Senhor, para manifestação da sua glória. (Isaías 61:3)"
Verificamos que, em primeiro lugar, o profeta Isaías nos diz que o Espírito Santo do Senhor está sobre ele porque Deus o ungiu para levar boas novas ao pobres. A unção é enviada da parte de Deus, ou seja, é o próprio Espírito Santo que habita em nós (I João 2:20). Todo aquele nascido em Cristo é nova criatura ungida do Senhor (I Coríntios 6:11), bem como também é liberto da condenação dos seus pecados (Romanos 8:1).
A unção de Deus serve para nos preparar para o serviço de Cristo na terra. Jesus Cristo foi batizado e recebeu o Espírito Santo (Mateus 3:16), para só depois começar a sua missão. Percebemos esta lógica também no texto acima, onde o profeta foi ungido primeiro para depois pregar a mensagem de amor, paz e liberdade de Deus aos que precisam. E isso se vale de uma lógica válida: Não podemos pregar a libertação sem sermos livres; não podemos pregar o amor de Deus sem sentirmos o amor Dele. Precisamos primeiramente da unção de Deus para nós tornar ferramenta da obra Dele.
Viver em Cristo produz bons frutos em nossa vida: Somos libertos do mal deste século para anunciar a liberdade de Cristo; consolamos os de coração quebrantado e cuidamos daqueles que precisam de ajuda. Além disso, somos os embaixadores do amor de Cristo, onde a nossa coroa da felicidade é dividida para os que andam tristes; as nossas vestes de glória são usadas para cobrir os que vestem as de desonra. Todos aqueles que receberam a unção de Deus serão chamados Carvalhos de Justiça. O carvalho é uma árvore de grande porte, robusta e grande longevidade. Os carvalhos plantados por Deus são os seus ungidos, que não se abalam, mas permanecem firmes na sua justiça e amor.

Quem Deus te abençoe!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Fruto da Figueira

Deus não nos criou como criaturas unicamente espirituais; Ele usa do material, das coisas físicas, para transmitir a sua ideia. O pão, o vinho, o chofar são exemplos de coisas que Deus usa para falar aos nossos corações; Ele gosta da matéria, pois foi Ele que a criou.
A obra de Deus é tão perfeita que a natureza clama pela Sua lei. Podemos observar o profeta Habacuque orando ao Senhor, dizendo:
"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. (Habacuque 3:17);
todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. (Habacuque 3:18);
O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos. (Habacuque 3:19)"
O figo é uma das frutas essenciais do judaísmo, como a uva e a oliva, assim como suas respectivas árvores. Todas estas frutas representam alguma coisa de importante na Bíblia. A figueira é uma planta peculiar por vários motivos: Não se reproduz facilmente, dependendo de certos animais para este papel. Suas flores desabrocham perto do verão, quando é o momento para as frutas nascerem. A figueira é uma árvore forte, e precisa de muita água para viver. Portanto, a figueira não florescer significa que tem alguma coisa que não está certa; são os problemas que enfrentamos na vida.
O profeta não esconde o domínio de Deus sobre todas as coisas, inclusive sobre sua vida. Ele clama que ainda que tudo esteja de mal a pior, onde não se pode ver uma saída no futuro, mesmo que não haja promessa de melhora e o presente seja tão assustador quanto, mesmo com tudo isso, ele se alegraria no Senhor, bendizendo o Seu nome e declarando a salvação divina.
Da mesma forma em que glorificamos Ele nas boas coisas, devemos glorificá-lo também na tribulação (I Tessalonicenses 5:18). Não devemos nos abalar nos nossos problemas, mas buscar a força no nosso Senhor, pois apenas Ele nos fortalece para superarmos os desafios cotidianos (Filipenses 4:13). Não podemos deixar que a emoção da situação tome conta de nós, mas focarmos sempre ao alvo, que é Jesus, alegrando-se na glória dEle. Este é o fruto da figueira.

Que Deus te abençoe!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Natureza do Leão e do Cordeiro

No tópico passado eu escrevi sobre como Jesus é descrito na Bíblia como um Cordeiro e um Leão. Cada qual com a sua personalidade, cada qual com a sua natureza. O Cristo Leão é o mesmo Cristo Cordeiro, mas a cada um cabe uma diferença peculiar, como O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só, mas como três pessoas diferentes na Santíssima Trindade.
A semelhança entre a natureza de Cristo como um leão e um cordeiro é a mesma na natureza divida de Deus, Jesus e Espírito Santo: Jesus veio para nos livrar do pecado através da sua expiação; o Espírito Santo é aquele que nos consola e intercede por nós; e Deus é o todo-poderoso. Logo, a Santíssima Trindade é a manifestação de diferentes naturezas do Divino.
A lógica da natureza de Jesus Leão e Jesus Cordeiro é a mesma. Jesus Cristo Cordeiro é o mesmo Jesus Cristo Leão, ambos são manifestações distintas de Cristo para diferentes naturezas dEle. Encontramos o Cordeiro quando nos arrependemos das nossas transgressões, o seu sacrifício nos redimiu e nos lavou de nossos pecados. O Cordeiro é Jesus Cristo que morreu no nosso lugar para nos dar a salvação eterna e limpar nossa alma das iniquidades.
Já a natureza leônica de Jesus é um pouco mais complexa. O leão, símbolo da autoridade, da força, do poder, ou seja, é como diria Lewis, "um leão que não pode ser domesticado". O Leão Cristo venceu o mundo, e isso o torna digno da nossa adoração, e consequentemente, nossa obediência. O Leão não pode ser vendido, não pode ser comprado e não pode ser negociado. O Leão tem o poder, e isso significa que não há saída: quando ele ruge e usa suas patas, não há retorno. Deus é amor sim, mas ele também é justiça, e as vezes pecamos e deixamos o Senhor entristecido com isso. Pedimos perdão e esperamos apenas ver o Jesus Cordeiro; o Cordeiro nos perdoa, mas temos de aceitar ver também a face do Leão, pois as nossas atitudes geram consequências que devemos suportar. As suas garras e o seu rugido são apenas para a nossa correção, e não para causar dor ou sofrimento.

"Todos gostamos de mostrar as cicatrizes ganhas na batalha; mas nem tanto as feridas causadas pelo chicote."
C.S. Lewis 


Que Deus te abençoe!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Leão e o Cordeiro

Digo que uma das características mais marcantes para mim no Cristianismo é a sua representação de Jesus Cristo como dois animais distintos e opostos: O Leão e o Cordeiro. Ambos os animais são descritos separadamente em diversos trechos da Bíblia, mas para este texto, foco-me neste trecho em especial:
E disse-me um dentre os anciãos: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os sete selos. (Apocalipse 5:5)
Nisto vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro em pé, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra. (Apocalipse 5:6)
João, o apóstolo de Cristo, que havia sido exilado na prisão da ilha de Patmos por amor ao salvador Jesus, obteve a revelação dos tempos finais, e os escreveu no livro de Apocalipse, o chamado Livro da Revelação. No capítulo 5, João tem uma visão de um grande livro, selado por sete selos. Um anjo pergunta quem é digno de abrir o livro, entretanto, ninguém nos céus e ninguém na terra foi achado com tal dignidade para abrí-lo, tampouco para vê-lo. E então, João chorou muito, pois ninguém foi encontrado para abrir o livro selado.
Então, vemos a primeira representação de Jesus Cristo como o Leão. O ancião diz para João não chorar, pois o Leão da Tribo de Judá venceu para abrir e romper o livro. E, assim, o Leão rompe os sete selos, e abre o livro, e o apóstolo então vê dentro do livro, o Cordeiro, como havendo sido morto, com os sete espíritos de Deus.
Nesta passagem citada, vemos com certa clareza que Jesus é tanto o Leão quanto o Cordeiro. Entretanto, há outras pessagens na Bíblia que citam com sutileza as naturezas de leão e cordeiro para Jesus Cristo. Por exemplo, quando Jacó abençoa os seus filhos, ele declara que "Judá é um leãozinho" (Gênesis 49:9). Ora, a raíz de Jesus Cristo (Mateus 1) foi declarado pelo seu pai como um leão. Assim, a Bíblia nos diz que Jesus é da descedência de Judá, filho de Jacó, e que a profecia de Jacó foi cumprida através de Jesus Cristo, o Leão da Tribo de Judá.
Vemos no versículo seguinte a continuação da benção de Jacó à Juda: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de autoridade dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence; e a ele obedecerão os povos" (Gênesis 49:10). O cetro, símbolo do poder de um rei, demonstra a linhagem real que Jesus herdou; se lermos o primeiro capítulo do livro de Mateus, verificamos que Jesus Cristo é da linhagem do Rei Davi. Além disso, esta é mais uma profecia que Jesus nasceu para ser o Rei dos Reis. O bastão da autoridade representa a autoridade que percente à Ele, como Senhor dos Senhores ("Todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam" - Salmos 72:11).
Quanto ao Cordeiro, verificamos a profecia da vinda de Jesus quando Deus instrui Moisés quanto ao rito da Páscoa: cada família deveria escolher um cordeiro sem mácula ou defeito, imolá-lo ao entardecer, e passar o sangue do sacrifício nos umbrais e verga da porta. Cada família comeria a carne do cordeiro assada em fogo, acompanhada de pães sem fermentação, pois passaria naquela noite o Anjo do Senhor, e feriria o primogênito da casa onde não houvesse a marca de sangue (Êxodo 12:1-28). A Páscoa instituida pelo Senhor era o anúncio da vinda do Cordeiro de Deus, para nos redimir dos nossos pecados. Quando Jesus celebrou a última Páscoa, Ele mesmo se tornou o Cordeiro Vivo, Santo e Imaculado da Páscoa, se apresentando como sacrifício espontâneo (Efésios 5:2), desta vez não para nos livrar da opressão do Egito e da décima praga egípcia, a Morte, mas para nos conceder a salvação eterna e nos livrar da opressão de Satanás e do pecado.

Graças a Jesus Cristo: O Cordeiro e o Leão da Tribo de Judá!

Que Deus te abençoe!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pra quê tantos livros de auto-ajuda?

Sexta-feira passada resolvi passar em uma livraria para ver algum novo título para ler. Entre as estantes dos lançamentos, dos mais vendidos, de literatura estrangeira e de literatura infanto-juvenil, estava ali uma estante que me chamou a atenção: Livros de auto-ajuda.
O apóstolo Paulo já disse que "remindo o tempo, porquanto os dias são maus" (Efésios 5:16). Ligamos nossa televisão ou lemos o nosso jornal diário e vemos tragédias, fome, desespero e guerras. Além do mais, a nossa vida pessoal também é afetada pela perversidade dos tempos atuais: as vezes, estamos desempregados, ou desmotivados, ou tristes com o que acontece na nossa vida.  E é aqui que o o segmento de livros de auto-ajuda se aplicam: em nossa fraqueza cotidiana, onde tentam nos aconselhar para uma melhora permanente das nossas vidas.
Confesso que eu já pensei, há muito tempo atrás, que se estes escritores de auto-ajuda sabiam como resolver os seus problemas (e os meus também), eu também tinha a capacidade de resolvê-los por mim mesmo. Este é o grande erro do ser humano (e que Satanás adora explorar) é achar que nós somos capazes de lidar com tudo por nós mesmos, sem a interferência de Deus. Além do mais, ventos de pensamentos ateístas dizem que acreditar em um Deus todo-poderoso seria o mesmo que querer abdicar das nossas responsabilidades para com a vida.
Eu discordo.
Davi, o grande Rei de Israel, também foi o principal salmista da Bíblia. Em seus diversos salmos, encontramos um rei de um dos maiores impérios do Oriente Médio Antigo clamando e declarando que sem o auxílio de Deus, o grande Rei islaelita não é nada. O salmista, em diversos trechos da Bíblia, diz que "a sua própria vida está nas mãos do Senhor" (Salmo 31:15), que "o Senhor é o seu pastor e nada lhe faltará" (Salmos 23:01), que "Deus é o seu refúgio e fortaleza" (Salmos 91:02), e que "na sua angústia ele clamou ao Senhor, e Ele o respondeu" (Salmos 120:01).
Portanto, observamos que a vida de Davi era completamente dependente de Deus. Quando Davi tinha problemas, ele corria para os braços do Pai, como uma criança que sabe que o pai sempre a protegerá. Mas também como um grande adorador e servo, que sabe que não há outro lugar para ele descansar, a não ser no conforto de Deus. E na nossa vida não deve ser assim?
Quando temos dificuldades, devemos entregar todo o nosso fardo ao Pai, pois somos dependentes da Sua Graça. Não é vergonha ou sinal de fraqueza isso; dizendo para Deus que precisamos do Seu auxílio, estamos afirmando que não podemos resolver nada pelas nossas mãos; que nossos problemas são inferiores ao poder dEle; e que somos dependentes dele, e assim, que Ele escolha o melhor para a nossa vida. Afirmar que ser dependente de Deus é afirmar que Deus está no controle da sua vida, e a sua vida será glorificada para o reino dEle.
Portanto, não vejo razão plausível para tantos livros de auto-ajuda. A única ajuda que precisamos é da ajuda dEle, pois "a Sua graça nos basta" (II Coríntios 12:09). Ele nos quer ser cheios da Sua graça e glória, e não com problemas. Quando você estiver passando por uma tempestade, não busque os homens, mas sim a Deus, pois Ele te ajudará nos momentos em que você precisar. Como o próprio Jesus disse, "pois todo aquele que pede, recebe" (Mateus 7:8).

Que Deus te abençoe!

Bem vindo!

Ao visitante:

Seja bem vindo ao blog País de Aslam! Este espaço nasceu de um grande desejo meu de dissertar e defender sobre a fé cristã. Aqui escreverei tópicos que são necessários para a chamada boa vida: uma vida cheia de virtudes e graça, pautados na fé e no amor à Deus. Os tempos são perversos e estamos às portas do paraíso, então torna-se preciso pregar as boas novas de Cristo.
Com muita alegria eu escrevo em favor do amor, da verdade e da salvação de Jesus para conosco. Espero que você, leitor, também se sinta feliz e abençoado por estas palavras aqui escritas.
Para os que já leram As Crônicas de Nárnia acharão várias citações desta obra neste blog, a começar pelo título do mesmo e do seu administrador. Não o faço levianamente, já que eu sou encantado com a apologia cristã que o seu autor, C.S. Lewis, empregou na sua obra. Muitos tópicos deste espaço farão uma doce alusão ao livro, aos outros títulos e à vida de Lewis, pela sua forma simples e direta de falar sobre Deus, um dos maiores pensadores cristãos do século XX.

Na paz de Jesus,